A Polícia Federal revelou detalhes de um esquema bilionário ligado ao PCC que fraudava combustíveis e antecipava fiscalizações em diversos estados do país. De acordo com a investigação, mensagens interceptadas mostram que integrantes da quadrilha recebiam informações privilegiadas sobre operações, suspendendo atividades para evitar flagrantes.
O grupo utilizava o Porto de Paranaguá para importar clandestinamente produtos químicos, como metanol e nafta, usados na adulteração de gasolina e etanol. Comandada por empresários e intermediários, a rede criminosa expandiu-se para usinas de etanol, distribuidoras, transportadoras e até postos de combustíveis, espalhando combustível adulterado em mais de 1,2 mil estabelecimentos.
Além da fraude, o esquema servia para lavagem de dinheiro em larga escala. Uma fintech sediada em Barueri movimentou R$ 46 bilhões em cinco anos, dificultando o rastreio do capital. Parte dos valores ainda chegava a fundos de investimento localizados na Faria Lima, em São Paulo, onde R$ 30 bilhões já foram bloqueados.
